quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

E Tudo Muda

Hoje já não me apetece pegar em ti e levar-te para um paraíso, porque tens um mau feitio terrível ao acordar, porque achas que o mundo gira à tua volta, porque não tens respeito nenhum pelos outros.
Porque só funcionas depois de tomares café e fumares o teu cigarro matinal, e até lá transformas tudo à tua volta num campo de batalha.
Entendo que as crianças façam birras, agora tu, homem feito já devias ter aprendido que não é com vinagre que se apanham moscas.
Primeiro tu, depois tu e depois das tuas necessidades básicas satisfeitas e caprichos realizados é que venho eu...
É começar logo o dia com o pé errado, sair de casa a bater com as portas. 
MIMADO, sempre foste e sempre serás. Foste habituado a ter tudo feito. e eu parva lá diz o ditado que o amor é cego e eu estava "tapadinha" de todo, porque não vi nada...
Hoje luto com o dilema de tentar manter um família estável e saudável, com a vontade de te dar um pontapé no rabo para bateres bem forte com a cabeça e voltares como um cãozinho com o rabo entre as pernas, porque da mesma forma que saíste das saias da mãe assim te encostaste a mim.
Só que lamento eu não sou tua mãe!!!!
Mas tu não sobreviverias sozinho um mês porque és demasiado dependente, mas achas que és muito homem.
Só fogo de vista! Sozinho não és nada!!!
Saiu-me tudo de repente porque estou com muita raiva! Amanhã, talvez, já tenha passado!
Mas a verdade é que numa fração de segundos, tudo muda....

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PARAÍSO....

Quero pegar em ti e levar-te para uma ilha deserta, onde sejamos só nós os dois nada mais.
Aconchegar-me no teu colo e aí ficar!
Fechar os olhos, sentir a tua respiração embalar-me ao som das ondas leves, da brisa suave...
Quero ter a nossa lua-de-mel adiada num paraíso merecido. Recuperar a velha chama, reacender o fogo, voltar ao ponto de partida onde o nosso caminho mudou de direção.
Quero esquecer que o mundo existe, não o Nosso pequeno/ grande Mundo, mas o outro, aquele que nos coloca a cabeça num turbilhão, que nos enche os tímpanos, que nos faz ser mais razoáveis do que apaixonados.
Esse fica fora do mapa onde tu e eu iremos estar num verdadeiro e apaixonante Paraíso...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Querer-te...

Querer-te é olhar para trás e sentir o frio na espinha, que me fazia correr para os teus braços!
Querer-te é muito mais do que possa dizer, está em mim, no meu corpo.
Por muito que se lute contra os factos, nós mudamos, por vezes aceitamos melhor a nossa condição, outras revoltamo-nos com tudo o que nos rodeia. No entanto vivemos em constante mutação.
Hoje não seremos mais o que fomos ontem e concerteza que amanhã tudo estará diferente.
Dizem que quando o amor é verdadeiro jamais muda.
Não acredito!
Há sempre algo que se vai transformando ao longo dos anos e por vezes o que no início era amor, paixão, caminha para carinho, amizade, companheirismo, cumplicidade...
Eu sinto que deixei de te querer da mesma forma, talvez porque temos vivido dificuldades bastantes que nos colocam à prova diariamente, mas que acredito que se conseguirmos passar mais esta, nada mais nos abalará.
Por agora, lamento, mas sinto que querer-te é algo do passado, um sentimento, uma química cujo prazo expirou...
Mas apesar de tudo não quero mais ninguém, quero a todo o custo recuperar momentos únicos que nos ligaram e que, ainda que inconscientemente, continuam lá dia após dia, batalha após batalha.
Quero que voltes a despertar em mim o desejo de Querer-te, como outrora...
Aceitamos de coração aberto a condição de Pai e Mãe, mas eu quero voltar a QUERER-TE como uma mulher quer um homem...
Querer-te é simplesmente querer-te!?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Realmente...

Há coisas que me tiram do sério, podem crer que sim. Há momentos em que me apetecia abanar aquele cérebro vazio do meu marido e chocalhá-lo bem.
Não sei se sou eu que já estou numa fase em que não tolero nada, em que por vezes só de olhar para ele apetece-me desligar a máquina, não sei, sinceramente já não sei.
Nós mudamos, sem dúvida, mas acho que ao invés de crescermos juntos de aprendermos a olhar na mesma direção, tudo aquilo que é bonito de se dizer e deveria acontecer nos passou ao lado.
Hoje em dia somos capazes de estar sentados um ao lado do outro sem proferir uma única silaba, nem trocar um único carinho.
Ele transformou-se num verdadeiro iceberg! Vazio de sentimentos.
Enquanto namorávamos posso dizer que eu é que fui sempre mais reservada e fria, mas ele foi incansável, era extremamente meigo, carinhoso, dizia por brincadeira que havia de derreter o meu gelo. E a verdade é que o fez.
Hoje em dia, já não sinto isso. 
Acredito que descobriu uma nova maneira de me amar, a dele!
Mas eu preciso de mais, preciso de sentir os braços dele de novo, de sentir os beijos incansáveis, de sentir paixão novamente.
Preciso de ter o meu marido de volta. Aquele estúpido que odeio mas sem o qual não saberia viver.
Preciso de partilhar a minha vida com ele e não ter conversas de circunstância.
Preciso de acordar o velho amor e expurgar este que cismou em meter-se no lugar dele.
Eu sei também que grande parte da culpa desta situação é o facto de não termos tempo juntos.
Ele está de folga eu estou a trabalhar. Eu estou de fim de semana está ele a trabalhar. Assim torna tudo mais dificil, eu entendo, mas não quero que isto seja a realidade futura.
Já não temos férias juntos há anos.
Tudo isto desgasta eu sei que sim.
E depois a minha estúpida veia de economista, também não ajuda. Não economizo nada mas estou sempre a dar-lhe nas orelhas se ele gasta.
Definitivamente como ele me diz ás vezes "Cura-te..." acho que estou a dar tilt e no fim de contas a culpa nem é dele e até é um santo por me aturar, eu é que já estou farta de mim própria...
Realmente.... vá-se lá entender as mulheres!!!